Somos ensinadas durante nossa jornada, que não devemos
demonstrar nossa fragilidade, para não sermos pisoteados pelo mundo!
Somos ensinadas em nossa caminhada, que ser frágil é ser
fraca e, isso não pode acontecer nunca.
Nesses últimos dias, tenho me dado conta da fragilidade que
permeia meu coração e minha alma, mas também tenho me dado conta do quão
maravilhoso é entregar-se a essa fragilidade, acolhê-la, compreende-la,
vive-la!
Ser frágil, ao contrário do que se diz, não é ser fraca.
Vejamos o bambu, tão frágil e resistente, que qualquer brisa
enverga, mas tão forte, que nem mesmo uma tempestade quebra!
Tenho percebido em mim a fragilidade feminina do bambu e ao
mesmo tempo a força potente dos carvalhos.
Me envergo, curvo e permito que todos os vendavais possam
vir e ir embora, derrubando apenas as folhas que não mais me servem e, que
apenas retiram os nutrientes da minha alma que precisam ser destinados a outros
cantos do meu ser.
Minha fragilidade vem à tona e choro, mostro-me doce, peço
ajuda, e percebo quando sou amada!
Minha força está na minha fé, no passo que se firma na
terra, no olhar sempre para a direção que o coração aponta!
Retirada, sozinha comigo, em silêncio e assim ficarei por
algum tempo, sem tempo contado, apenas o tempo marcado pelas batidas do meu
coração! Estou bebendo a paz em goles suaves e matando a sede da alma.
Ser frágil é doce!
Ser frágil é suave!
Ser frágil é conhecer os limites da sua alma e do seu
coração e aceitá-los!
Ser forte é ter raízes profundas!
Ser forte é ter bom humor e sorrir largo em meio a lágrimas!
Viver é uma arte e conhecer nossas facetas, é lapidar a nossa
alma pra luzir como diamante num túnel escuro!
( Inspirado no texto de Rose Kareemi Ponce - Sagrado Feminino).