quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Tem que ter por quê?

Amo. E pronto.
Amo porque preciso,
Preciso porque estou tonta,
ninguém tem nada com isso...
Amo porque amanhece,
E as estrelas lá no céu,
lembram letras no papel,
Quando o poema me anoitece,
Amar-te  me deixa viva...
O peixe beija e morde o que vê.
Eu amo apenas.
Tem que ter por quê?
(Ousada que sou,
adaptei o poema  Razão de ser de Paulo Leminski)

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Decretos de uma borboleta


Passou toda manhã de sol contorcendo-se, sua dor gerava lagrimas que sorriam.  Saiu do casulo.
Suas asas vibram em tons de violeta, verde e azul...
Confusa estar ensaiando seus primeiros voos.
Se harmonizou com os elementais água, terra, fogo e ar...
E decretou, liberdade: nenhum poder material ou sombra espiritual tem domínio  sobre ela.
O mantra que ecoa em cada voo, gratidão: a energia que vai é a energia que volta...



Em meio a sua vida efêmera, bebe em goles lentos a felicidade de viver o momento presente com seu AMOR Voando lado a lado.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

O aprendizado de deixar-se ser frágil



Somos ensinadas durante nossa jornada, que não devemos demonstrar nossa fragilidade, para não sermos pisoteados pelo mundo!
Somos ensinadas em nossa caminhada, que ser frágil é ser fraca e, isso não pode acontecer nunca.
Nesses últimos dias, tenho me dado conta da fragilidade que permeia meu coração e minha alma, mas também tenho me dado conta do quão maravilhoso é entregar-se a essa fragilidade, acolhê-la, compreende-la, vive-la!
Ser frágil, ao contrário do que se diz, não é ser fraca.
Vejamos o bambu, tão frágil e resistente, que qualquer brisa enverga, mas tão forte, que nem mesmo uma tempestade quebra!
Tenho percebido em mim a fragilidade feminina do bambu e ao mesmo tempo a força potente dos carvalhos.
Me envergo, curvo e permito que todos os vendavais possam vir e ir embora, derrubando apenas as folhas que não mais me servem e, que apenas retiram os nutrientes da minha alma que precisam ser destinados a outros cantos do meu ser.
Minha fragilidade vem à tona e choro, mostro-me doce, peço ajuda, e percebo quando sou amada!
Minha força está na minha fé, no passo que se firma na terra, no olhar sempre para a direção que o coração aponta!
Retirada, sozinha comigo, em silêncio e assim ficarei por algum tempo, sem tempo contado, apenas o tempo marcado pelas batidas do meu coração! Estou bebendo a paz em goles suaves e matando a sede da alma.
Ser frágil é doce!
Ser frágil é suave!
Ser frágil é conhecer os limites da sua alma e do seu coração e aceitá-los!
Ser forte é ter raízes profundas!
Ser forte é ter bom humor e sorrir largo em meio a lágrimas!

Viver é uma arte e conhecer nossas facetas, é lapidar a nossa alma pra luzir como diamante num túnel escuro!
( Inspirado no texto de Rose Kareemi Ponce - Sagrado Feminino).