domingo, 30 de janeiro de 2011

Nem por um instante

     Pela manhã quando vejo a beleza do sol aquecendo as árvores, algumas folhas brilham, me derreto em um sentimento que não consigo descrever...
     Quando saio na chuva, alguns pingos tocam minha pele, me dar arrepios, ergo-me no mesmo sentimento, ele invade todas minhas vísceras...
     Nos dias que tenho a sorte de encontrar a Maria, mendiga que dorme na rodoviária, nos olhamos, digo bom dia sorrindo, ela responde com um sorriso desdentado, o sentimento me invade novamente...
     Quando vou ao vale, o cheiro de alfazema purifica minha alma, lá deixo bilhetes com os nomes dos meus prediletos nessa vida, pedindo aos mentores espirituais que os protejam de todo mal, saio de lá com o mesmo sentimento rondando minha áurea...
     Nas noites de lua cheia, pego minhas ervas, velas e incensos, faço magia branca... E peço a todos os seres espirituais que nunca permitam que esse sentimento me abandone, nem por um instante.

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