domingo, 6 de março de 2011

Fragmentos de uma história que está ficando no passado

É feriado de carnaval, mas, sinto-me como com a sensação de “ano novo”.

Está chovendo, que beleza, respiro aliviada, olhando para fora da varanda tem uma serra verde em frente ao prédio que moro, gosto dessa mistura de árvores, pista, pedestres, um dia cinza... Que sorte morar numa cidade com ares de interior, mas, organizada igual os grandes centros urbanos.

Dias assim, me pego matutando sobre quanto tudo mudou nesses últimos meses. Estou mais comigo, com minhas crianças, com meu trabalho novo, amigas novas, calçadas e trajetos novos, tudo novo, adoro o NOVO! Coisa de nômade.

Com ele, nesse último mês, quase não nos falamos, às vezes pela internet. Quando cheguei e me instalei aqui, nos falávamos muito, ainda estava tudo meio confuso, apegos e indefinições, sentimentos misturados de alívio e falta. Mas agora tenho clareza de quanto essa mudança foi “divinamente providenciada”, passo a passo subo a escada e venço meu luto... Está divorciada vai parecendo uma situação comum. E nossa história só vai virando só mais uma história dessas que conto, às vezes de verdade, às vezes inventada, às vezes misturada.

O começo foi belo, tenho carinho por esse momento, nem todo começo de história de amor é belo. Vou partilhar alguns fragmentos dessa história com vocês. Começando pelo começo...

Ia ser mais um domingo comum na praia, lugar predileto da minha galera da faculdade, isso, se não tivesse aparecido um lindo anjo de carne e osso me olhando. Tenho mania por anjos, acho que é o desejo de está perto do céu... (risos).

Eu estava numa fase racional, meu coração e meu sexo estavam fechados pra “balanço”, queria ficar sozinha por uns tempos. Estava nessa já há quatro meses... Enfim, foi só ele, o tal anjo pedir para o garçom chamar-me  para a mesa dele que o coração se abriu.

Foi um dia especial, parecia que estava no filme ”menino do rio”, um artista, tocando violão para mim até o sol se por. Fiquei apaixonada naquele mesmo dia, um beijo quando nos despedimos definiu que já era namoro. No dia seguinte descobrimos que estudávamos na mesma universidade. Tudo muito rápido, foram cinco meses intensos e eu nem sentia os pés no chão, no sétimo mês de relação nos casamos. Era um conto de fadas, eu só queria “brincar de casinha”. Falava pra todo mundo que era um reencontro, pois já nos conhecíamos de outra encarnação, ele amava, tudo me parecia simples assim.

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